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Sávio Ximenes Hackradt

16.10.11


Centenas de "indignados" continuam acampados neste domingo às portas da catedral de Saint Paul em Londres, a poucos metros da Bolsa de Valores, à qual não puderam ter acesso no sábado devido a um forte cordão policial.

Folha.com – Da EFE em Londres
Das agencias
pós a manifestação deste sábado, que coincidiu com atos similares no mundo, alguns "indignados", entre eles espanhóis do movimento 15M --em alusão aos protestos surgidos na Espanha no dia 15 de maio passado--, passaram a noite em tendas de campanha no distrito financeiro do leste da cidade.
Manifestantes acampados perto da Bolsa de Valores de Londres - Foto Elizabeth Dalziel/AP
Spyro Van Leemnen, um grego de 27 anos que acampou em frente ao templo, disse que os manifestantes ficarão durante o dia de hoje e até que o governo os escute "e diga que vai mudar as coisas".
Um sacerdote da catedral disse que os serviços religiosos acontecerão normalmente e que não havia "nenhum problema" de as pessoas ficarem perto da catedral "exercendo seu direito de protestar".
Os "indignados" londrinos, convocados por organizações britânicas como Occupy LSX e Uncut --oposta aos cortes aplicados pelo Governo britânico-- e a assembleia londrina do 15M, tinham previsto ocupar a praça onde fica a Bolsa de Valores, perto da catedral, mas não foi possível porque uma ordem judicial os impedia.
PROTESTOS PELO MUNDO
Neste sábado, milhares de pessoas foram às ruas de cidades do mundo todo, em um dia global de protestos. Os atos questionam a elite financeira, a desigualdade econômica e o socorro aos bancos em detrimento das populações dos países endividados, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
A onda de protestos global, sob o lema "United for globalchange" (Unidos por uma mudança global, na tradução livre), faz parte da iniciativa internacional convocada para 951 cidades de 82 países --incluído o Brasil-- e reforçam o movimento "Occupy Wall Street" (Ocupe Wall street, em tradução livre), que mobiliza Nova York há quase um mês.
Paralelo ao protesto, o G20 --grupo que reúne os 20 países mais ricos e os principais emergentes-- se comprometeu hoje a garantir que o FMI (Fundo Monetário Internacional) disponha de recursos necessários, de acordo com o comunicado final da reunião ministerial realizada neste sábado em Paris.
O contágio do sistema econômico mundial tem gerado impacto na precária recuperação das economias dos países ricos, que têm promovido cortes de gastos (especialmente sociais) e aumentado impostos para tentar reverter a situação e diminuir a dívida pública. No entanto, as atitudes governamentais, classificadas como austeras pelas populações, deprimem essas economias e geram insegurança no consumo, pilar importante de composição do PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas geradas por um Estado). Somado a esse cenário recessivo, a perda de postos de trabalho gera um onda de insatisfação.

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