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Sávio Ximenes Hackradt

23.10.11


Cientistas britânicos verificaram uma relação entre o tamanho de regiões do cérebro associadas à sociabilidade e o número de amigos no Facebook.
Fonte: Deutsche Welle / Autor: Cyrus Farivar (lpf)
Em estudo recente, 125 universitários britânicos, todos usuários do Facebook, aceitaram submeter-se a uma ressonância magnética no cérebro. O exame mostrou que aqueles com mais amigos no Facebook têm um maior volume de massa cinzenta em áreas do cérebro associadas à emoção, à interpretação de linguagem corporal e à percepção social.
O estudo, publicado nesta quarta (19) na revista Proceedings of the Royal Society B, apontou um volume maior das amídalas cerebelosas, do sulco temporal superior direito, do giro temporal médio esquerdo e do córtex entorrinal direito.
Ryota Kanai, da University College de Londres, enfatizou, entretanto, que o estudo simplesmente detectou a existência de uma relação, mas que ela não necessariamente é causal. Ou seja, a pesquisa não mostra que ter mais amigos no Facebook necessariamente aumenta o tamanho de certas partes do cérebro.
Redes sociais
"Esperávamos que houvesse alguma relação [entre as duas coisas], mas ficamos surpresos ao verificar uma correlação tão grande", disse Kanai, o principal autor do estudo.
Segundo o pesquisador, o Facebook e outras redes sociais são diferentes de sites interativos anteriores, pois conectam interações das vidas real e virtual.
"Há algo interessante sobre o Facebook: a maioria dos jovens estudantes conhece as pessoas com as quais estão conectados", disse. "Eles usam o Facebook como uma maneira de manter contato com pessoas que conhecem na vida real. Nesse sentido, é algo diferente das velhas formas de usar a internet."
Área de pesquisa promissora
A relação entre a Internet e o cérebro é uma área de pesquisa que desperta cada vez mais interesse. Trabalhos publicados por uma equipe de pesquisadores chineses em junho de 2011, por exemplo, afirmaram que "a longo prazo, um vício em internet resultaria em alterações da estrutura cerebral". Há três anos, outro artigo divulgado na revista americana The Atlantic questionava: "O Google está nos tornando estúpidos?".
Agora, neurologistas disseram estar intrigados com as descobertas recentes sobre o Facebook. "Acho muito emocionante, é uma observação intrigante", disse Heidi Johansen-Berg, neurologista da Universidade de Oxford. Ela advertiu, porém, que o trabalho precisaria ser ampliado para outros usuários, além dos universitários.
Kanai disse que continuará a trabalhar em sua pesquisa nesse sentido. Uma pergunta importante a ser respondida diz respeito à causalidade. "Queremos saber como o Facebook ou a internet em geral age sobre o cérebro", explica.
"Se possível, queremos verificar como o cérebro se altera à medida que se usa o Facebook. Queremos encontrar pessoas que não usaram a internet, fazê-las passar a usá-la e observar as alterações sofridas pelo cérebro."

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