CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

10.7.11


Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania
Artigo da Profª. da UNP Marígia Tertuliano
Relendo os textos de João Bernardo, cientista social português, pude perceber que as demandas dos trabalhadores nunca serão atendidas em sua totalidade porque vão de encontro à lógica capitalista de mercado. Em “Transnacionalização do capital e fragmentação dos trabalhadores. Ainda há lugar para os sindicatos?”, o autor faz alguns questionamentos contundentes, os quais me fazem refletir sobre o sindicalismo que ora ressurge.
Foto Portal Vermelho
Atualmente, muito se fala que os produtos estrangeiros estão tomando o lugar dos produtos nacionais e, assim, reduzindo os postos de trabalho, redirecionando a produção, optando pelo emprego do capital nos mercados financeiros, entre outros. Por que aqueles que sempre exigiram o “Estado Mínimo” e o mercado máximo não estão fazendo sua parte para ampliar os postos de trabalho? 
A abertura da economia nacional ajuda ao consumidor e prejudica a indústria nacional, por quê? O que essas empresas estão fazendo para se livrarem da concorrência? Infelizmente, a resposta não é das melhores: essas indústrias estão importando produtos estrangeiros e, com isso, reduzindo a possibilidade de ampliação dos postos de trabalho. No Rio Grande do Norte, não é diferente. Já há empresas locais adquirindo produtos importados, para não sofrerem tanto.
É preciso agir para que o discurso do “quanto pior, melhor”, não tenha eco em uma economia que se fortalece, a cada dia, em detrimento das quedas iminentes da economia norte-americana. Estandardizar que o problema está no Brasil é uma inverdade. Ele está nos EUA, e o reflexo desse pode respingar em outras economias, pois, como o capital não tem pátria, ele procurará reproduzir-se onde houver as condições adequadas. E, nem sempre, essa reprodução fundamenta-se com o aumento de indústrias, mas com a especulação financeira.
A economia nacional mudou, assim como os anseios daqueles que dela participam. Entender a sua lógica em relação às economias desenvolvidas é fundamental, pois, com a moeda norte-americana em baixa, e o Real em alta, problemas podem emergir e, no futuro, podem acarretar grandes perdas, como a redução dos postos de trabalho. É esse cenário que suscita um novo sindicalismo que rever suas posições e atentar para o perigo iminente.
Foto CUT
E, “nesse contexto, surgiu, nacionalmente, o protesto do 6 de julho”, movimento que uniu, pela primeira vez, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da Força Sindical, com o intuito de sensibilizar, para a desindustrialização do País.  Como afirma Emir Sader, “o embate é um dos mais difíceis já assumidos pelos operários brasileiros. Trata-se de afrontar a lógica da livre mobilidade dos capitais e suas interações globais com um novo projeto de desenvolvimento”.
Logo, para continuarmos “voando em céu de brigadeiro”, a nossa ação cidadã é fundamental, pois ela proverá os ajustes necessários à consecução de uma economia sólida e em expansão, onde o consumo consciente e a ampliação de poupança são fundamentais.
“Vê, estão voltando as flores...”

0 comentários:

Postar um comentário


Estação Música Total

Últimas do Twitter



Receba nossas atualizações em seu email



Arquivo