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Sávio Ximenes Hackradt

31.5.11


Agência Brasil
Os consumidores acreditam que a inflação vai aumentar nos próximos meses, segundo dados do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) de maio, divulgado hoje (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 71% dos consumidores acreditam que a inflação vai aumentar. Esse é o maior percentual desde setembro de 2001.
Apesar do alto percentual de consumidores que estimam esse aumento, o Inec, no quesito que diz respeito à inflação, ficou 0,7 ponto abaixo do registrado no mês de abril e 13,3 pontos abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. Em maio, o índice de expectativa de inflação ficou em 100,1 pontos, sendo que quanto mais acima de 100, o item é mais bem avaliado pelo consumidor.
Índice formado por seis componentes – inflação, situação financeira, desemprego, endividamento, renda pessoal, compras de bens de alto – o Inec é apurado em parceria com o Ibope. No último levantamento, foram ouvidas 2.002 pessoas, em todo o país, de 12 a 16 de maio.

Em maio, o Inec ficou praticamente estável em relação a abril. O índice ficou em 112,1 pontos este mês e, em abril, o resultado foi de 112 pontos. Apesar da preocupação dos consumidores com a inflação, até abril, o Inec vinha em uma trajetória de queda de seis meses consecutivos.
No que se refere ao desemprego, 59% das pessoas entrevistadas acreditam que o desemprego vai continuar no mesmo nível ou vai diminuir, contra 40% que esperam que haverá um aumento. De acordo com a CNI, isso demonstra que os brasileiros estão otimistas quanto à evolução de novas vagas de emprego.
O índice de expectativa de evolução do desemprego registrou 132,1 pontos em maio, um aumento de 2,1% ante abril e de 1% na comparação com maio de 2010, demonstrando que o consumidor está otimista quanto à empregabilidade.
Quanto à expectativa da evolução da renda pessoal e da situação financeira, os brasileiros acreditam que a situação não vai mudar. Para 53% deles, a renda não deverá mudar nos próximos meses e, para 50%, a situação financeira permanecerá a mesma. Contudo, 34% das pessoas acreditam que sua renda deverá aumentar, contra 9% que esperam redução. Também há expectativa de melhora na situação financeira por parte de 33% dos entrevistados, sendo que 14% esperam piora.
Os consumidores também não esperam que haja um aumento de suas dívidas, pois 45% deles acreditam que vão continuar com o mesmo número de dívidas dos últimos três meses e 30% acham que vão estar com menos dívidas. Já um quarto dos entrevistados estima que vai ter aumento.
Na comparação com o mês anterior, houve uma redução na expectativa de piora da situação financeira e do endividamento. Também houve uma melhora na expectativa da renda pessoal na comparação com abril.
A maioria dos consumidores (56%) espera continuar com os mesmos bens de alto valor que já possuem. Já 28% esperam aumentar o número de bens de alto valor e 16% esperam que haja uma redução. Na comparação com abril, o Inec de compras de alto valor permaneceu estável, variando 0,1 ponto para baixo.

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